terça-feira, 1 de abril de 2014

O cisco no olho de Edison que assustou a família (No meu tempo de criança XXVII)

Edison não tinha mais do que oito anos em 1955 e lá estava ele no porão da casa, na avenida São Paulo, em Jundiaí, brincando com um martelo e batendo com ele numa chapa de aço que estava presa numa morsa. Não era água mole, não era pedra dura, tanto que de repente um cisco da chapa quente, por conta à quantidade de marteladas, escapou e foi parar dentro do olho do garoto. Se o menino entrou em desespero, imagine sua mãe que o apanhou pela mão e correu até a farmácia do Moacir, que ficava há uns 200 metros de sua casa. Com uma agulha de injeção, envolvida com algodão ele tentou retirar o cisco, mas o menino entrou em estado de choque, tanto que quatro adultos não conseguiam segurá-lo. Nem a avó do garoto e muito menos sua tia Ana tentavam convencer Edison de que aquele era o melhor remédio. Nada! Em casa, uma nova tentativa, agora por parte do pai de Edison, Pedro Zeni. E o homem que dirigia, com um braço só o caminhão do Vic Maltema, orientado pela avó de Edison, arrumou um imã para ver se este atraía o cisco. A avó de Edison, com muito carinho e cuidado, passeou com o imã pelo rosto de Edison, perto do olho. Nada! Angustiados, cansados, desanimados. Este foi o saldo do dia! A solução foi esperar a manhã seguinte quando todos seguiram até o Instituto Penido Burnier, em Campinas. Um especialista atendeu o pequeno Edison que, depois de anestesiado, dormiu e quando acordou percebeu que havia um tampão em seu olho e não sentia mais a presença do cisco. Depois de três dias o tampão foi retirado e a vida retomou sua rotina, mas Edison jamais esqueceu o fato e suas mãos nunca mais utilizaram um martelo para bater numa chapa de aço. (Uma história de Edison Claudio Zeni. Texto: Nelson Manzatto)

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