sábado, 15 de março de 2014

Ana Maria comanda a bicicletinha verde! (No meu tempo de criança! XXIV)

Nem sempre dores e doenças podem ser motivos para tristeza eterna. Principalmente quando se é criança. E esta é a infância de Ana Maria Panzoldo, hoje Imperato. Terceira e última filha do casal, ela lembra que, ainda na barriga de sua mãe, seu pai ficou tetraplégico, prenúncio de dificuldades. Mas Ana Maria garante que teve uma infância muito feliz. Seu avô tinha um sitio em Cabreúva e ali havia um alambique e, por conta disso, ele estava toda semana fazendo entregas de pinga em Jundiaí. E a alegria de Ana Maria subia no caminhão e seguia para o sitio para curtir momentos de criança feliz. A convivência com primos que moravam naquela cidade e de alguns amigos era grande, pois toda semana ela estava ali. As brincadeiras entre todos envolviam, além da inocência de criança alegre, envolvia cantar, dançar, correr pelas terras do sítio e isso enchia a pequena menina de felicidade. Foi no campo de futebol que havia ali que Ana Maria viveu a maior realização de qualquer criança. Claro que não foi jogar futebol, que na década de 1960 não era coisa de mulher ainda, mas foi ali, no campo, que Auro Malvezi, seu amigo, lhe proporcionou um momento inusitado: Ele tinha uma bicicletinha verde e colocou a pequena Ana Maria no comando da mesma. Ela se sentiu segura com as mãos de Auro a apoiando e, de repente, por alguns metros a soltou e ela pedalou sozinha, com o vento batendo em seu rosto. No início, uma reação de medo, mas depois!. Ah! Depois... uma sensação de alegria, de paz, de liberdade, de vitória! E hoje, a lembrança da bicicletinha verde é comum em sua memória e Ana Maria sente um carinho enorme pelo amigo que lhe mostrou o caminho da alegria... (Uma história de Ana Maria Panzoldo Imperato. Texto: Nelson Manzatto)

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