Conheci Fábio Pontes de Oliveira em 1997, quando trabalhamos juntos na
Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Jundiaí. Fábio chegou como diretor,
demonstrando competência e conquistou a equipe com seu sorriso permanente e uma
alegria enorme de desenvolver projetos e trabalhar para que a ação de todos
atingisse o objetivo maior que era atender bem os colegas de imprensa da
cidade.
Sempre disposto a grandes ações, foi um dos organizadores e
idealizadores de um encontro de comunicadores da cidade realizado um ou dois
anos depois. Fez uma festa enorme na sala da Assessoria quando fui premiado no
Primeiro Concurso de Romances da cidade. Exigiu matéria distribuída à imprensa
com fotos, espalhou cartazes pelo local, me deixando inibido, diante de tanta
felicidade. Ligou para os jornais para pedir destaque na reportagem, enfim
festejou minha conquista.
Em 2000 deixei a Prefeitura para assumir a chefia de redação
do Jornal de Jundiaí, houve nova eleição e Fábio foi elevado à função de
Diretor de Cultura da cidade, mostrando, também ali, competência na realização
de seu trabalho.
Perdemos o contato durante muito tempo e só fomos nos
encontrar dez ou onze anos depois, quando Fábio foi morar perto de minha casa.
Começamos a ir ao trabalho de ônibus e nos encontrávamos no ponto.
Conversávamos sobre o final dos anos 90, imaginávamos o futuro. Mas o futuro
não foi muito longo. Uma viagem sua à Fortaleza no final de 2011 para passar
por lá o Reveillon não lhe permitiu chegar a 2012. Seus sonhos e projetos se
afundaram numa onda qualquer que decidiu interromper sua caminhada e barrar sua
alegria de viver.
Quando José Carlos
Sacramoni me ligou na tarde do dia 27 de dezembro de 2011 para me dizer que
você tinha partido, perguntei a ele se era você mesmo. Afinal, tinha te visto
no dia 24, subindo a rua de sua casa, quase ao lado da minha. E me lembrei das
manhãs em que nos víamos. Um dia desses passei diante da casa onde você morou.
Senti um vazio enorme naquilo tudo. Percebi que faltava a presença de seus quase dois metros de alegria e sorriso. Senti que o sol, neste
dia, não quis atrapalhar o momento de reflexão. Me lembrei de sua partida
quando percebi que Deus, em sua infinita misericórdia, abria os braços pra te
receber.
E me fiz calar e refletir sobre o tamanho deste mundo, a rapidez de
nossas vidas e uma saudade muito grande bateu forte dentro do meu peito. Sei
que aquele ponto de ônibus não vai ter mais sua presença nas manhãs diárias,
quando buscávamos nossos trabalhos. Mas sei, também, que vou sentir sua
presença e seu sorriso, toda vez que passar por ali.
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