domingo, 28 de julho de 2013

Calvos e grisalhos

A vida nos proporciona momentos de alegria em qualquer situação. Mesmo que eles ocorram 40 anos depois de muita convivência e recordações. E se o tempo vai passando e vamos sentindo a idade avançar, o reencontro tantos anos depois, nos proporciona reviver uma fase da vida que ficou gravada em nossa memória. E a lembrança é tão doce quanto o momento vivido. Nos proporciona paz, alegria e uma felicidade que nos faz atropelar as palavras na hora de lembrar os fatos, a atropelar o outro, porque quer dizer algo mais vibrante, algo mais forte ou antecipar em contar aquilo que imaginou fosse ouvir do outro... E foi assim: perto de 40 anos depois de ter me tornado fã da RJ – Revolução Jovem – e ter confessado aqui o privilégio de ver e ouvir este grupo cantando e rezando, fui convidado a participar do terceiro encontro do mesmo. A gente imagina que coisas vividas na infância ou juventude fiquem guardadas apenas na memória, mas o integrantes da Revolução Jovem, que nasceu na Igreja de Vila Arens em 1969/1970, continuam a se encontrar até hoje: mais de 40 anos depois. Maioria deles, calvos e grisalhos, mas que na convivência diária não se chega a notar com tanta intensidade, como o rever alguém somente depois deste tempo todo. E foi o que vi: os calvos e grisalhos relembrando as velhas cabeleiras dos tempos dos Beatles e riem do que o destino lhes proporcionou. Não que a calvície ou o grisalho seja marca que não se esconde, mas lhes proporcionou grandes amizades, tanto que muitos continuam se encontrando sempre: a cada dois, três meses há sempre um motivo para um oi, um abraço apertado marcado pela saudade ou pelo carinho criado durante a juventude. Muitos constituíram família, mas todos se tornaram amigos inseparáveis. E a rede social serviu para ponto de encontro quase diário. E o encontro serviu para se reviver mais uma vez os tempos da missa das 9h30 na Vila Arens, com reuniões com o Padre Victor, com brincadeiras dançantes, com cuba libre, sem contar as madrugadas de vigília na igreja. E todos, sempre, com sorrisos nos lábios. Se para mim foi um encontro que serviu para rever um grupo de jovens - agora de calvos e grisalhos – para todos serviu para mostrar, como o slogan do grupo que “o amor de Cristo nos uniu!” E esta união é para sempre!

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