quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

As pilhas que Ana Maria não esquece! (No meu tempo de criança X)

Histórias sempre têm personagens principais e coadjuvantes. Nesta história de Ana Maria, ela e o irmão mais velho, Ademir, são personagens centrais. Nelson, mais novo que eles e a mãe de todos, dona Angelina, são os coadjuvantes, lembrando que mãe participa, sempre, para salvar a situação. E os fatos ocorreram na década de 1950 quando Ana Maria não tinha mais do que oito anos, Ademir tinha dois a mais e Nelson dois a menos. E a vida de crianças é sempre fascinante! Principalmente quando envolve experiência... E que experiência!!! E a experiência é anunciada por Ademir que chega da rua com a notícia: recarregar pilhas que não funcionavam mais! Naquela época as pilhas eram novidade: serviam para rádios e lanternas. E lá vão Ana e Ademir fazer a experiência! Segundo o aprendiz, as pilhas se recarregam aquecendo no fogo. E os personagens principais foram até o barracão que havia na casa de Ana Maria. Improvisaram o fogareiro: alguns tijolos sobre o fogão a lenha, com pedaços de madeira entre eles, uma tampa de panela velha com quatro pilhas e... fogo!!! O pequeno Nelson assistia à distância enquanto a mãe, confiante que a brincadeira era segura, preparava o almoço na cozinha, no fogão a gás... E a experiência dá resultado: Diferente do esperado, claro! Uma das pilhas explode, Nelson começa a gritar e perde o fôlego e a mãe de todos corre para acudir o pequeno assustado. E o resultado da experiência acontece de novo: Ana corre para apagar o fogo e as outras pilhas estouram no seu rosto. Ademir pega uma toalha e corre para limpar o rosto da irmã que, gritava apavorada, que não estava enxergando. O ato de passar a toalha, sujava ainda mais o rosto de Ana Maria de preto. Nelson socorrido e a mãe do trio vem acudir Ana Maria. Esta, ainda assustada, percebe que está enxergando, mas os olhos ardem. O destino, então, é levá-la à Farmácia do Moacyr, há dois quarteirões de casa. Este, ao ver Ana Maria com os olhos vermelhos, pergunta se estava resfriada de novo. Explicado o ocorrido e receitado um colírio, alguns dias depois, Ana não sentia mais nada. E ainda hoje, quando o fato é lembrado, risos tomam conta do ambiente, mas nem Ana, nem Ademir se permitiram fazer novas experiências... (Uma história de Ana Maria Manzatto. Texto: Nelson Manzatto)

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