terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Como Luiza descobriu o verdadeiro Papai Noel! (No meu tempo de criança VIII)

Quando se aproxima o tempo de Natal, não tem como Luiza não se lembrar de sua infância… A lembrança remonta aos seus seis anos e, como toda criança, adorava e sonhava com Papai Noel: o velhinho de barba branca, gordo, vestido de roupa vermelha, e um saco bem grande, cheio de brinquedos, que carregava nas costas. Ela se lembra que ele tinha uma voz mansa e, por conta deste perfil passava o ano inteiro sonhando com o Natal, pois sabia que seu velhinho só aparecia na noite de Natal, para deixar o meu presente debaixo de sua rede. Na véspera do Natal, Luiza fazia questão de ir dormir mais cedo para o Papai Noel deixar seu brinquedo no lugar imaginado. A infância de Luiza foi muito pobre sem muitos sonhos, já que a vida não lhe dava tudo o que sonhava por ser de origem humilde. Ela era assim... apaixonada pelo seu Papai Noel e, como toda criança, sonhava em conhecê-lo pessoalmente. E como criança inteligente que era, teve uma doce ideia: fez um buraco na rede onde dormia e passou a noite inteira esperando seu tão querido Papai Noel. E quando sono e sonho de criança se misturam... ah... a resistência estava prestes a chegar ao fim. Ela já estava cansada com aquela espera, que parecia ser a mais longa de sua vida. De repente, ela ouve uns passos. O local estava muito escuro e, com os olhos grudados no buraco feito na rede, viu seu Papai Noel colocar seu sonhado brinquedo: uma boneca de pano! A alegria foi tanta, a emoção foi tão forte que a pequena menina não resistiu: deu um pulo da rede e abraçou e beijou o seu velhinho, o seu Papai Noel. Os olhos de Luiza estavam cheios de brilho, sua emoção era forte demais. O bom velhinho sorriu para ela, retribuiu o abraço, o beijo. As lágrimas encheram os olhos de Luiza e ela percebeu que seu Papai Noel estava sempre com ela: era o seu pai que ela tanto amava! Depois dos abraços, beijos, lágrimas e sorrisos, ele tinha um pedido a fazer a ela: que não contasse aos irmãos, quem era o verdadeiro Papai Noel e a convidou para ser Papai Noel junto com ele. E a partir daquele ano, todo Natal ela passou a ser o Papai Noel da família. Com certeza, ela garante que foi uma criança pobre e feliz, mas criada com muito amor e seu maior desejo é que todas as crianças pobres, moradoras de rua, negras ou brancas tenham sempre um Natal com um Papai Noel cheio de amor em seus corações! (História de Luiza Freitas, texto: Nelson Manzatto)

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